O Conselho Nacional de Transportes Rodoviários de Cargas (CNTRC) marcou para o dia 1º de fevereiro 2021 uma nova paralisação dos caminhoneiros em todo o país. A greve foi aprovada após convenção realizada pela categoria em dezembro do ano passado.
A entidade afirma que a manifestação foi causada pelos reajustes no valor do diesel pela Petrobras.
Eles ainda reivindicam a instituição do preço mínimo de frete para todas as classes e a aprovação da Lei BR do Mar , que estabelece a cabotagem no ramo de transportes.
A CNTRC prevê que 40 mil caminhoneiros participem da paralisação. Outras lideranças da categoria ainda não se manifestaram sobre o tema.
Ao Portal iG , o Sindicato dos Transportes Rodoviários Autônomos de Bens do Estado de São Paulo (SINDICAM) informou que não participará da greve.
Caminhoneiros cobram reajuste do valor do frete
Do mesmo modo, a redução do preço do diesel faz parte da atual lista de reivindicações. Assim como aposentadoria especial, o marco regulatório do transporte e mais fiscalização por parte da ANTT. Sobretudo com relação ao cumprimento da tabela de frete e à contratação direta pelos embarcadores.
“A tabela teve reajuste negativo em julho, de 11% a 15%. Isso porque o preço do diesel caiu por causa da pandemia. Porém, os preços voltaram a subir e não houve ajuste”, afirma Dias.
Para o presidente da Abrava, Wallace Landin, o governo está desrespeitando a categoria. Conhecido como “chorão”, ele disse ao Estradão que “o Brasil vai parar de novo”.
Caminhoneiros se queixam de frete baixo
Segundo chorão, o movimento já teve a adesão de sindicatos dos Estados do Mato Grosso, Paraná e Rio de Janeiro. “A gente está perdendo os direitos conquistados com a greve de 2018”, diz.
Além disso, chorão diz que os embarcadores não estão repassando o INSS aos caminhoneiros. “Os caminhoneiros também estão arcando com o pedágio, que não é responsabilidade nossa.”
O sr. Marcone, como é conhecido um dos líderes da categoria em Recife, reforça a queixa acerta do valor do frete. “Estamos sendo roubados porque ninguém respeita o piso mínimo. Estou fechado com vocês nessa paralisação”, afirma.
De acordo com ele, a greve de caminhoneiros não tem caráter político. “Vamos brigar para que o governo faça cumprir e fiscalize o (pagamento do) piso mínimo. Não vamos forrar cama para Bolsonaro dormir (sic), diz.
Fonte: Estado de São Paulo
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